Há 200 anos, a família real portuguesa chegava a Salvador. Logo que puseram os pés na Bahia, as mulheres da corte causaram o maior frisson: as roupas e os acessórios delas eram novidade para as brasileiras.A primeira moda fez logo a cabeça das mulheres: Carlota Joaquina desembarcou no Brasil de turbante.Era para esconder o cabelo cortado por causa da infestação de piolhos no navio, mas o motivo não importava; a idéia era copiar sem demora o estilo da nobreza e aproveitar os novos tecidos importados.“O Brasil era dominado por uma lei que proibia os ornamentos e os excessos, tecidos muito caros", explica a pesquisadora Paula Acioly.A tendência do verão de 1808 era a Moda Império, de origem francesa. Em museus de Paris e Lisboa encontramos vestidos de cores claras, com decotes quadrados ou em forma de coração. O corte logo abaixo do busto, e a saia com um leve franzido; a saia enorme, que precisava até de uma armação de madeira, estava ultrapassada.A moda seguia os novos ventos da política: para os homens, estavam em alta as roupas com inspiração militar. Napoleão Bonaparte foi buscar idéias de governo na antiga Grécia, e assim as estátuas que surgiam em escavações arqueológicas eram modelo de elegância.A mulher passou a usar sapatilhas. A bolsa, que antes era escondida num buraco da saia rodada, cresceu e apareceu.A Moda Império não dispensava o luxo, principalmente nas cerimônias que reuniam as damas da corte, como batizados e casamentos. Nestas ocasiões, os vestidos usados tinham caudas bordadas com fios de metais preciosos, fios de seda e detalhes em renda.Quando Napoleão perdeu a guerra, voltaram as saias exageradas na Europa. Mas a Moda Império, com tecidos leves, manteve sua majes.
autoras: Manuela e Clara
autoras: Manuela e Clara
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